Uma celebração às artes cênicas. O Projeto 96, idealizado por três grupos de destaque da cidade - Cia de Teatro Nu Escuro, Grupo Solo de Dança e Circo Lahetô - representantes de três linguagens artísticas relacionadas às artes cênicas, teatro, dança e circo movimenta a cidade no próximo final de semana, 7, 8 e 9 de maio.
O Projeto 96 foi dividido em duas partes. A Caravana Cênica levará, a cada final de semana, três espetáculos – “O Cabra que Matou as Cabras” da Cia Nu Escuro, “Hoje é Domingo” do Grupo Solo de Dança e “Acroloucos” do Circo Lahetô – que serão apresentados em um mesmo local. Ao todo, serão realizadas quatro Caravanas Cênicas, sendo três na cidade de Goiânia e uma em Anápolis, totalizando 12 apresentações. Ao final de cada apresentação serão promovidos debates entre artistas e comunidade, como forma de estreitar os laços entre os dois pólos envolvidos no ato cênico - artistas e plateia.
Na sexta-feira, os três grupos se apresentam no Circo Lahetô. A trupe do circo abre a programação às 18h30, na sequência, às 20h, a Cia Nu Escuro assume o picadeiro. Já o Grupo Solo de Dança se apresenta às 21h. No sábado, a programação inclui duas apresentações vespertinas, às 16h e às 17h, no Jardim Botânico; e no domingo, o Grupo Solo de Dança se apresenta às 17h, no mesmo local.
Espetáculos
Grupo Solo
Espetáculo: Hoje é Domingo
Em Hoje é Domingo, o Grupo Solo visa mergulhar no universo teatral, verticalizando seu olhar para a cultura popular. Trata-se da montagem de um espetáculo de dança contemporânea que tem uma dramaturgia clara, baseada nos elementos e personagens do teatro popular brasileiro, buscando uma movimentação que ao mesmo tempo seja contemporânea e popular. Para tal, o espetáculo utiliza-se de músicas do repertório popular para contar, na forma coreográfica, as aventuras e desventuras do amor, das paixões, seduções e traições.
Assim, Hoje é Domingo se propõe a desenvolver uma coreografia multifacetada e dinâmica que busca dialogar com outras linguagens e envolver o público numa celebração cênica.
Duração do espetáculo: 50 minutos
Elenco: Ingrid Costa, Gleik Lino, Luciana Caetano, Adriana Dias, Paula Peixoto, Patrick
Ficha Técnica
Concepção do Espetáculo: Lázaro Tuim e Michael Valim
Dramaturgia e Roteiro: Hélio Fróes, Lázaro Tuim e Michael Valim
Coreografia: Lázaro Tuim
Assistente de Coreografia e Ensaísta: Luciana Caetano
Direção de Arte: Michael Valim
Direção geral: Lázaro Tuim
Cenografia: Juliana Marinho e Tatiana Marinho
Cenotécnico: Enoch
Figurino, Maquiagem e Adereços: Izabela Nascente e Mara Roberta
Desenho de Luz: Michael Valim
Preparação Musical: Abílio Carrascal
Designer Gráfico: Ingrid Costa
Coordenador de Pesquisa e Pesquisa Musical: Michael Valim
Oficina de Teatro: Hélio Fróes
Produção Executiva: Marci Dornelas
Produção Geral: Luciana Caetano
Circo Lahetô
Espetáculo: Acroloucos
Acroloucos é um espetáculo de circo instigante e dinâmico, que trabalha os números tradicionais de circo de forma contemporânea, jovem e interativa. O Circo Laheto vem de uma pesquisa de linhagem já há 12 anos onde mescla a linguagem circense com o teatro, a dança, as culturas tradicionais e os elementos da cultura goiana na construção de sua dramaturgia e sua estética visual.
O Acroloucos é seu novo espetáculo, surge do aprofundamento desta pesquisa e busca uma identidade própria para seus números, assim como a abertura do espetáculo onde as acrobacias em perna de pau são feitas dentro do jogo da capoeira, ao ritmo do atabaque e berimbau, tocados ao vivo.
Outro elemento marcante na pesquisa do Circo Laheto é a integração do palhaço e dos personagens cômicos aos números tradicionais, realçando o humor e a interação com a platéia no espetáculo. O riso, além de seduzir o espectador, é utilizado para construir uma reflexão sobre a nossa sociedade contemporânea e suas relações de poder e hierarquia.
São dezoito artistas em cena buscando a superação circense. Acrobacias de solo, trapézio, pirâmide humana, malabares e números de equilíbrio. Números com alta dificuldade técnica que desafiam o artista a cada apresentação. O teatro e a dança interagem com os quadros, dando um dinamismo ímpar à cena, evitando que a virtuose circense distancie sua relação com a plateia.
O Circo Laheto é uma escola profissionalizante circense onde os alunos também estudam teatro, percussão e cultura popular. Os artistas do espetáculo Acroloucos são a turma mais experiente do Circo Laheto, alguns já com mais de 10 anos pesquisando a arte circense. O Circo Laheto já ganhou os prêmios do Itaú Unicef, nos anos de 2005 e 2007; foi homenageado pelo Festival Goiânia em Cena de 2007; foi Destaque Cultural em 2008 pela Sociedade Goiana de Cultura e recentemente encerrou a turnê em nove cidades do Estado de Goiás, com apresentações do espetáculo História de Goiás no Picadeiro, projeto contemplado pelo programa Petrobrás Cultural.
Elenco: Marcos Paulo, Mauricio da Silva Filho, Renato da Silva, Fabio Nunes, Maike Nogueira, Fernando Cássio, Adenilton Conceição, Adenilton Kleber, Rafael Lustosa, Micaela Costa, Luiza Souza, Clara Alves, Lucas Souza, Valeria Costa, Luan Santana, Danilo Lúcio, Dalila Rodrigues
Ficha Técnica
Direção Geral: Maneco Maracá
Produção Geral: Seluta Rodrigues
Produção Executiva: Raquel Bittencourt e Leandro de Souza
Assistente de Produção: Ronan Marcelino de Souza
Concepção Geral do Espetáculo e Dramaturgia: Maneco Maracá, Ronaldo Alves de Souza e Hélio Fróes
Direção Artística, Técnicas Circenses e Coreografia: Ronaldo Alves de Sousa
Preparação de ator e assistência de direção: Helio Fróes
Percussão: Flavio Borges e Mestre Goiano
Figurinos: Rita Alves e Izabela Nascente
Apoio: Dineivam Rodrigues, Agostinho Vieira e Cenair Sagrilo
Cia de Teatro Nu Escuro
Espetáculo: O cabra que matou as cabras
Um advogado vigarista, que sobrevive dando pequenos golpes em seus clientes, se vê envolvido em um caso de assassinatos de cabras e bodes. Uma trama cheia de traições, trapaças e reviravoltas, onde uma esposa maliciosa engana seu marido advogado que engana um comerciante ganancioso que engana seu empregado que engana um juiz que quer enganar todo mundo.
Uma comédia visceral que lida com as relações de poder e hierarquia implícitas no cotidiano das pessoas e traz o riso como força reveladora e de libertação, um riso festivo que não forja dogmas nem é autoritário, que exorciza os nossos medos e a nossas angústias.
O texto do espetáculo é uma livre adaptação da peça medieval francesa A Farsa do Advogado Pathelin, de autor desconhecido, mesclado com textos de cordéis nordestinos, esquetes de picadeiro, fábulas medievais, ditos populares e vários elementos da cultura popular brasileira. Produzindo, assim, um texto original, inquieto e ágil, contendo bastante versatilidade e surpresas.
A encenação também busca essa pluralidade, trabalhando com diversas linguagens, como o teatro de bonecos, circo e músicas cantadas e tocadas ao vivo, elementos que ajudam a construir um universo de encantamento regido somente pelas leis do teatro e do carnaval.
Para a construção dos personagens, os atores partiram de imagens de corpos em transformação, de uma metamorfose ainda incompleta, trabalhando com membros corporais atrofiados ou exagerados, produzindo imagens de corpos grotescos. Essa visão de corpo, além de toda a estética da montagem, tenta negar a visão dos cânones modernos de um modo preestabelecido, ideal e acabado da vida cotidiana, do mundo.
O que o espetáculo anseia é um caráter regenerador, transcendente, renovador. Um fôlego de vida marcado pela ambivalência entre o antigo e o novo, o que morre e o que nasce, o principio e o fim dos rituais.
Elenco: Abilio Carrascal, Adriana Brito, Eliana Santos, Izabela Nascente e Lázaro Tuim
Ficha Técnica
Direção Musical: Sérgio Pato
Preparação Vocal: Abilio Carrascal
Coreografias e Preparação Corporal: Lázaro Tuim
Cenografia: Mara Nunes e Hélio Fróes
Figurinos e Bonecos: Izabela Nascente
Assistência de Figurinos: Mara Nunes
Maquiagem: Cia Nu Escuro
Confecção de Próteses: Moema Rodrigues
Cenotecnia: Enoc Moia
Iluminação: Hélio Fróes
Coordenação de Pesquisa: Pedro Plaza, Maurício de Braganç
Pesquisa Histórica: Allysson Garcia e Bruno Garajau
Documentação em Vídeo: Fora da Lei
Programação Visual: Fábio Franco
Assessoria de Imprensa: Ana Paula Mota
Produção Executiva: Milena Jezenka
Direção de Produção: Marcelo Carneiro
Assistência de Produção: Emersom Caldas
Direção e Dramaturgia: Hélio Fróes
Os grupos
Percorrendo caminhos distintos, mas de certa forma sempre interligados, a Cia Nu Escuro, o Grupo Solo de Dança e o Circo Lahetô, coincidentemente foram criados em 1996.Em vários momentos de suas trajetórias, os três grupos se aproximaram esteticamente e politicamente, contribuindo de forma efetiva para a reflexão e execução dos mais variados projetos relacionados às artes cênicas em Goiânia e em todo o estado.
No decorrer desses 13 anos de estrada, sempre esteve evidente a práxis do diálogo e o esforço para a realização de trabalhos em conjunto pelos três grupos.
O espetáculo “Hoje é Domingo” do Grupo Solo de Dança, por exemplo, estreou no espaço utilizado pelo Circo Lahetô e foi dirigido por um integrante da Cia Nu Escuro, que com seu coletivo de atores criadores foi responsável pela assistência de direção e preparação de atores do espetáculo “História de Goiás no Picadeiro”, do Circo Lahetô. Os figurinos desses dois espetáculos também foram desenvolvidos pela Cia Nu Escuro.
Informações:
Marci Dornelas (produção) – 62 9631 6565 / 7811 8989
Alessandra Alves (assessoria de imprensa) – 62 9299 3141 / 7814 2144
Maneco (Circo Lahetô) – 9633 0551
Luciana Caetano (Grupo Solo de Dança) - 9243 8359
Lázaro Tuim (Cia de Teatro Nu Escuro) – 8467 9738
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