quarta-feira, 25 de março de 2015

II SEMINÁRIO EXPEDIÇÕES CÊNICAS


Dando continuidade ao projeto patrocinado pela Petrobras a Cia de Teatro Nu Escuro, realiza esse fim de semana o 2º Seminário Expedições Cênicas, com participação do ator e diretor  Marcos Fayad, dos professores: Albertina Vicentini (PUC Goiás),  Paulo Petronilio (UNB, UFG)  e Renata Lima (UFG). Local: Oficina Cultural Gepeto, rua 1013 setor Pedro Ludovico. Será um prazer tê-los conosco.

 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

 Processo de montagem do novo espetáculo da CIA DE TEATRO NU ESCURO


"PITORESCA"

Um espetáculo que está sendo criado a partir dos relatos e diários dos viajantes naturalistas que visitaram o Brasil no período do século XVI ao XIX, como Saint-Hilaire, Langsdorff, John Emmanuel Pohl, Cuthbert Pudsey, Gentil de la Barbinais, Guardo Baquaqua, Anthony Knivet, Gobineau, Louis Agassaiz, Francis Castelnau, Hans Staden, Maria Graham, das iconografias e relatos elaborados por artistas e cientistas das expedições, como Rugendas, Taunay, Florence, Debret e dos “Relatórios de Província” que o Governo de Goiás encaminhava ao Imperador do Brasil no Rio de Janeiro no século XIX. 

Leitura com elenco, equipe de pesquisadores e de arte.




"Diário de bordo" ou breves relatos de uma viajante Nu Escuro: 

Goiânia, 22 de Janeiro de 2015

Hoje fizemos a primeira leitura com o elenco, uma parte da equipe de arte e com os historiadores que tem nos dado o suporte neste novo trabalho. O texto está sendo experimentado e a medida que nós atores/criadores lemos para outras pessoas "desintoxicamos" um pouco do que escrevemos conseguindo assim acionar novas percepções e entender um pouco mais das pegadas que estamos cravando neste caminhar.
Temos uma novidade, o querido ator Liomar Veloso confirmou a participação no espetáculo.
Foi um dia empolgante.
Na nossa querida casa Oficina cultural Geppeto.

Pitoresca


Goiânia,  23 de Janeiro de 2015

Hoje traçamos um "norte" para a personagem "Índia". Nossa expectativa é que ela seja a narradora da história e que traga o olhar de quem recebe, mesmo sem querer, a visita dos viajantes.
A imagem que buscamos para construir a personagem foi "bruxa senil gravida " que é bastante conhecida na obra de Mikhail Bakhtin.  É uma imagem que nos trás muitos signos e salienta a linguagem que elegemos trabalhar: O grotesco. 



Laboratório de idéias- discussão sobre a dramaturgia


Goiânia, 25 de Janeiro de 2015

Domingo, almoço muito especial, recebemos em nossa sede a visita dos Kraho, eles estão em Goiânia estudando pois  a maioria são professores que durante as férias vem para cá estudar. Fiquei impressionada com a beleza das mulheres, são lindas. Perguntei para Taís (nome em português  de uma delas)  se havia alguma movimentação das mulheres na tribo, ela disse que ainda não, mais firmemente falou que a hora delas está chegando. Adorei. 

Foto de despedida, pelo menos por enquanto... 


Goiânia, 26 de Janeiro de 2015

O encontro começou com uma reunião em telepresença com Renato Livera, um dos colaboradores desta montagem.  Discutimos mais uma vez o texto e o caminho dos personagens. Ele também propôs irmos já para sala, o que iria acontecer pois amanha começamos oficialmente o treinamento corporal para o espetáculo, será uma vivência  do método Viewpoints com Fernanda Pimenta. Já estou pensando na "sofrência" por que sempre quando voltamos de férias é aquela bagaceira, quilos a mais, inércia e ócio, pelo menos uma parte do grupo em que eu me incluo.
Boa sorte para nós, vai ser bom.
Hoje também assistimos  um filme coletivamente, "Ronda da noite" este proposto por Adriana Brito. Bem interessante a estética, muito teatral.



Reunião


segunda-feira, 17 de novembro de 2014

UM CABRA NA RUA





            A origem do teatro ocidental  foi na rua  e está relacionada com a necessidade que o homem tem de se manifestar, ele surgiu na vontade da festa, do homem querendo se relacionar. Na vontade de ir para rua, de rir de falar, do coletivo e do Ritual.  Das festas dionisíacas até hoje se encontra em constante movimento, se transformando, desdobrando e até permanecendo em várias formas da mesma linguagem. É uma arte rizomática que em toda sua trajetória percebe- se momentos de impulso e de declínio, de valorização e de proibições ora do estado ora da igreja transformando estes artistas em nômades. A arte do encontro, do jogo, da resistência “de colocar a boca no trombone”.  Mesmo depois de tantos espaços demarcados em caixas italianas, elisabetanas, das caixas pretas, o teatro de rua sempre resistiu. Como ele resistiu?
            Uma arte que depende de uma única, porém coletiva, relação entre o artista e o público, depende da vontade de uma pessoa expressar um texto verbal ou corporal e de outra assistir.  O teatro de rua possibilita esta relação horizontal. Eu como transeunte posso me envolver ou sentir repulsa por uma encenação, posso ficar ou posso continuar meu caminho! Daí começa o jogo, um jogo de sedução de envolvimento e de parceria, o ator enquanto personagem terá que convencer o passante de ficar. Não depende de um valor que eu paguei para estar ali, depende da relação que se estabelece. É claro que o artista de rua também quer seu chapéu cheio que para ele vai de acordo com o merecimento pois como dizem “Os Parlapatões,  Patifes e paspalhões:  é  “Um chapéu, um tijolo e uma flor“ [1].
            A rua possibilita inúmeras formas de encenações, ela é relativa à estética e a ideologia que os artistas querem dialogar. Do teatro grego com suas encenações lotadas que por vezes duravam dias; à famosa comédia Dell´art; também os entra e sai dos Freaks shows em feiras no inicio da modernidade; e as invasões de espaço publico muito comentado e utilizado pelos artistas pós modernos, o teatro de rua se apóia na diversidade e está sempre em movimentos, sempre feito diferente, sempre único.
Trago a experiência de uma apresentação em Salvador, no elevador Lacerda, um local bonito e muito vivo com grande fluxo de pessoas. Começamos nossa encenação com um publico menor, à medida que as cenas iam acontecendo o publico se aglomerava mais, no meio da apresentação aconteceu algo inusitado, uma passeada de militantes da marcha dos sem terras surgiram de um lado do largo  e inevitavelmente a peça e a passeata iriam se cruzar. Quando os manifestantes cruzaram a encenação eles ficaram, e aumentaram mais a roda, era centenas de pessoas, deixando a militante puxadora da manifestação em estado de loucura, ela entrava na cena, conversava com os personagem, os personagens respondiam, gritava que eles tinham horários, tinha que seguir. Ninguém arredou o pé, ela entrou novamente na cena convidou para seguir encenando na passeata, público não mexeu, estavam no jogo, por fim caiu uma baita chuva, daquelas que dizemos “o céu se abriu” o Hélio chama um canto e fala “Vamos parar”, eu respondi: “como? a mulher entrou duas vezes e essa chuva não fizeram a galera sair, nós que vamos parar?” A relação estava estabelecida, o jogo estava acontecendo e a parceria tinha que ser completada. O publico gozou da sua liberdade de ficar, de alterar o fluxo, por alguns minutos o riso foi mais importante que a política. E o riso também é libertador.
Em outra apresentação o contratante fez uma exigência: não poderíamos passar o chapéu (que é uma tradição no teatro de rua). Ok. Apresentamos e durante a apresentação uma moradora de rua que freqüentava a praça pegou um copinho e ficava passando o copinho para as pessoas colocarem dinheiro, no final do espetáculo, agradecemos como normalmente, ela chegou no cenário e virou o copinho em um pinico nosso, que usamos em cena. Ela fez cumpriu a tradição.
É deste tipo de experiência onde eu encontro a resposta da pergunta acima, por que resistiu? Por que a rua é para todos mais também é para os essencialmente abertos para o jogo, aqueles corajosos, porém, é paradoxal, ela nos despeja a todos num turbilhão de permanente desintegração e mudança, de luta e contradição, de felicidade e de angústia.
Estar na rua é  ter consciência da própria perecividade.




[1]  Frase escrita na entrada do espaço dos Parlapatões, Patifes e  paspalhões, é a descrição da sua logomarca que segundo eles :  "Um chapéu, um tijolo, uma flor. O chapéu representa a nossa sobrevivência. O tijolo mostra o peso do trabalho. E a flor?... A flor é pra colocar um pouco de poesia nessa merda toda!"



O CABRA QUE MATOU AS CABRAS
Prêmio Artes na Rua 2015
Em breve divulgaremos a programação.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PALCO GIRATÓRIO

CIA DE TEATRO NU ESCURO É CONVIDADA PARA FAZER PARTE DO PALCO GIRATÓRIO 2015

Espetáculos PLURAL e O CABRA QUE MATOU AS CABRAS





quarta-feira, 5 de novembro de 2014

ESPETÁCULO O CABRA QUE MATOU AS CABRAS RECEBE PRÊMIO ARTES NA RUA

Estamos muito felizes com mais um prêmio com este espetáculo,  são 10 anos de muitos encontros.
Resultado do prêmio Artes na Rua - FUNARTE
Aprovado: Circulação 10 anos de O Cabra que Matou as Cabras!




http://www.funarte.gov.br/circo/premio-funarte-artes-na-rua-resultado-da-etapa-2/

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ENVELOPES



A VOLTA DO CARTEIRO LOPES 




O espetáculo conta a história de um carteiro, que no dia do seu aniversário de 40 anos, durante sua jornada de trabalho, recebe uma única e “estranha” tarefa: entregar uma carta. Curiosamente, o destinatário, uma mulher chamada Maria Morena, vive no bairro onde Lopes nasceu. Na tentativa de realizar essa entrega nada comum, é que o bravo trabalhador se depara com histórias de um passado ainda vivo em sua mente. Pessoas amigas, cujas vidas foram transformadas pelo tempo e pelo mundo, mas que ainda o reconheciam. Uma história sobre cidadãos comuns, sobre um homem, sobre seus sonhos, ou delírios. Sobre nós mesmos e sobre o cotidiano, marcado em nós por encontros, desencontros, passagens, realizações e frustrações. Com este roteiro, além de discutir questões relacionadas o homem urbano



ENVELOPES
30 de outubro - quinta-feira - 19h30
Ingresso: 1 litro de leite longa vida
Local: Sesc Faiçalville, Av. Ipanema, n. 1.600, St. Faiçalville, Informações: (62) 3522-6325


Petrobrás- Patrocinadora Oficial da Cia

domingo, 19 de outubro de 2014



OFICINA DE PERCUSSÃO 
PROJETO ICONÓGRAFO 

Oficina Edilson Morais 
Foto : Layza Vasconcelos 




sábado, 18 de outubro de 2014

OFICINA DE PERCUSSÃO - PROJETO ICONÓGRAFO

 

Hoje tem oficina de percussão na Geppeto - Sala Nu escuro
Bora suar o suvaco por uma boa causa!

Projeto O ICONOGRAFO  apresenta:  OFICINA DE PERCUSSÃO
Patrocínio Petrobrás
18/10/2014 das 14h as 16h
LOCAL: Oficina cultural Geppeto
Rua 1012 Setor Pedro Ludovico
De graça !


Foto: Layza Vasconcelos 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014



Hugo Rodas e Cia de Teatro Nu Escuro iniciam atividades do Curso de Licenciatura em Artes Cênicas, modalidade a distância.

Apresentação PLURAL – Cia de Teatro Nu Escuro. 17/10 – Sexta feira.
As 21h, no Teatro do Centro Cultural UFG (Praça Universitária).

Aula Magna com Hugo Rodas. 18/10 – Sábado.
As 11h, no Teatro da EMAC (Campus Samambaia).

ENTRADA GRATUITA

O curso de Licenciatura em Artes Cênicas, modalidade a distância, da Escola de Musica e Artes Cênicas (EMAC) da Universidade Federal de Goiás (UFG) promove, neste final de semana, um conjunto de atividades para receber os 126 (cento e vinte seis) novos alunos e iniciar as atividades dos quatro pólos de ensino, abertos recentemente nas cidades de Alexânia, Cezarina, Inhumas e Uruaçu. Entre oficinas, comunicações e ações pedagógicas, duas atividades abertas à comunidade ganham destaque na programação. A apresentação do Espetáculo Plural, da Cia de Teatro Nu Escuro. E a Aula Magna ministrada pelo docente convidado Hugo Rodas – ator, diretor, dramaturgo e professor emérito pela Universidade Nacional de Brasília (UNB)

A Cia de teatro Nu escuro é um grupo de Goiânia, Goiás. Desde 1996 experimenta, investiga e vivencia as diversas formas do fenômeno teatral e mantêm repertório com peças apresentadas nos palcos nas ruas e em espaços alternativos como museus e galpões. A Cia busca realizar o teatro marcado pela forma horizontal através do teatro de grupo onde o público é o grande motivador de toda encenação.

PLURAL é a trama tecida pelas histórias de uma menina chamada Maria. Suas primeiras recordações remetem aos seus sete anos, onde se distraia brincando com uma boneca de milho no terreiro de sua casa, enquanto sua avó cozinhava no fogão a lenha e lhe falava pela janela. A narrativa segue costurando memória em memória, fiando do universo rural ao urbano, bordando histórias vividas e sentidas, com seus encantos, medos, violências, coragens, lamentos e alegrias. Uma trama sempre tensionada entre o drama e a poesia, o trágico e o humor.

Hugo Rodas foi especialmente convidado pela sua admirável capacidade de despertar o interesse e a responsabilidade implícita no ato criativo, bem como pelo reconhecimento necessário de sua singular trajetória dedicada a transmissão e atualização do fazer teatral.

Sobre Hugo Rodas*

O professor Hugo Rodas nasceu em 1939, na cidade de Juan Lacaze, no Uruguai. Chegou a Brasília em 1975 e ingressou na UnB como professor visitante, em 1987. Já em 1990, recebeu da instituição o título de Notório saber. Aposentou-se em 2009, mas continua dedicado à universidade na categoria de pesquisador associado. Fundou, com colegas do Departamento de Artes Cênicas da UnB, o Teatro Universitário Candango (TUCAN), uma espécie de incubadora de projetos cênicos. A iniciativa inseriu a universidade no espaço cultural do Distrito Federal e recebeu diversos prêmios. O professor também colaborou para a aprovação do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UnB, o primeiro do gênero na região Centro-Oeste. Atualmente, Hugo Rodas se dedica à formação de intérpretes no Programa de Pós-Graduação em Arte e no Laboratório de Dramaturgia. Na capital federal, Rodas foi responsável pela criação de companhias teatrais como o Grupo Pitu (1977-1981) e a Companhia dos Sonhos (1999-2005). Brasília retribuiu à altura, concedendo-lhe o título de Comendador da Ordem do Mérito Cultural do DF, em 1991, Oficial da Ordem do Mérito de Brasília, em 1993, e cidadão honorário de Brasília, em 2000. Entre as diversas premiações que recebeu ao longo de sua trajetória, está o prêmio Shell de melhor direção, em 1977, pelo espetáculo A Dorotéia, adaptado de texto de Nelson Rodrigues. Além disso, o professor estabeleceu bem-sucedidas parcerias com artistas consagrados como Zé Celso Martinez, Antonio Abujamra e Denise Stoklos.

* Texto UNB Agência.

FICHA TÉCNCA PLURAL

Direção Geral – Izabela Nascente
Assistente de direção – Lázaro Tuim
Pesquisa visual – Rô Cerqueira
Dramaturgia – Hélio Fróes, Abilio Carrascal e Izabela Nascente.
Atores/ Manipuladores – Abilio Carrascal, Adriana Brito e Eliana Santos.
Trilha sonora e preparação musical - Abilio Carrascal
Iluminação – Rodrigo Assis
Direção de vídeo – Rô Cerqueira e Lázaro Tuim
Projeção Mapeada – Lina Lopes

www.nuescuro.com.br
http://identidadenuescuro.blogspot.com/
PUBLICAÇÕES

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O Cabra que matou as Cabras- Direção: Hélio Fróes


O caso das Cabeças das cabras...
Faço teatro há um pouco mais de 20, só de Nu tenho quase quinze.
Quinze anos de arte, pesquisa, imaginação, ralação, insistência, resistência.
Um dia, conversando sobre as dificuldades da profissão, principalmente financeiras com minha companheira de trabalho Eliana Santos ela falou emocionada: FAZER TEATRO É UM ATO DE CORAGEM. Quem vê agente no palco, figurinados de prontidão,pouco  sabe o que passamos para estar lá, Muito ensaio, repetição, repetição, repetição, em todos os sentidos, tipo: repetição de cena, repetição de carregar cenário, repetição do dinheiro faltando no final do mês, repetição de ausência da família, repetição da eterna pergunta: Ah faz teatro? maisvc trabalha com o quê?
Mais tem o lado bom, ou melhor:como eu dizia quando achava uma coisa muito boa na minha infância , tem o lado bótimo, coisas que nem sempre se dá para explicar com palavras, coisas subjetivas, mágicas que estão no nosso cotidiano.
Como aconteceu ontem. Ontem reapresentamos um espetáculo que é muito especial para nós, “O cabra que matou as cabras”. Foi neste espetáculo que decidimos fazer as nossas grandes apostas, foi nele que eu estreei como bonequeira, o Hélio na direção, e um monte de outras estreias que hoje percebemos que deram certo.
 O espetáculo tem dez anos. Engraçado, lembro uma vez de ter assistido um espetáculo maravilhoso chamado “Vau da sarapalha” dirigido por Luiz Carlos Vasconcelos , no final do espetáculo eles disseram que estavam fazendo 10 anos de apresentações, lembro que fiquei  encabuladíssima com o tempo em cartaz. Fico muito feliz por ter a  oportunidade de ter uma experiência desta.
Mais voltando as cabras...
Ontem fomosas 10 horas da manha  fazer a montagem do cenário transportando na nossa fiorino, eu dirigindo, o Hélio de passageiro. No caminho ouvi um barulho da porta abrindo, falei: a porta abriu!,o Hélio foi olhar a porta estava fechada, seguimos viajem, descarregamos e montamos cenário ,fizemos compras de produção,  tudo normal.
A tarde, quando voltei do teatro, estava levando um pouco de coisas que não couberam na primeira viajem, senti falta de uma caixa amarela, que estava com os 4 bonecos que havia feito manutenção, as cabeças das cabras que entramos na primeira cena, a cabeça da cabrita do chifres de ouro ( que eu havia passado a noite inteira anterior dando manutenção) , um quadro e umas plaquinhas com santos. Começamos a busca , eu estava desesperada,  era inexplicável aquela situação, olhamos no depósito todo,  no teatro e nada. Eu estava procurando no deposito, ligava para o teatro e nenhuma notícia,minha garganta começou a fechar de tensão, parece que minhas pregas vocais tinham estourado e que minhas amídalas haviam crescido, não conseguia nem mais falar. Tive isto 2 vezes na vida. Só nos momentos “Toptensão”, voltei para o teatro dirigindo, fazendo força para segurar o corpo e o volante, tremendo. Porra, nós estávamos com tanto tesão, ensaios concentrados,  trabalhando em cada pedacinho daquele cenário surrado, dos bonecos, tanto trabalho, por que ia dar errado??? Por que??
O Tuim lembrou que havia colocado a caixa na fiorino, e o Hélio do barulho da porta abrindo, chegaram a conclusão que ela havia abrido e fechado pelo impulso.  O Abílio , o Tuim e a Adriana foram refazer o caminho que havíamos passado, chegando na praça universitário, onde a porta havia se abrido, lá estava a grande surpresa: 7 horas depois, isto mesmo, 7 horas depois, a caixa estava lá,  arrumadinha, sem nada faltando. NADA.
Alguém (um anjo de candura)viu as coisas espalhadas, juntou, guardou e deixou lá , para nós buscarmos de volta. Ninguém sacaneou, ninguém mexeu, estava lá.
Imagine a festa? Se contar ninguém acredita.
Entende por que continuamos???




sábado, 11 de outubro de 2014

A  Cia de Teatro Nu Escuro em parceria com a tradicional Oficina Cultural Geppetto, referência na cidade de Goiânia em pesquisa e produção cultural inaugura sua nova sede onde  foram realizadas as atividades práticas do seminário, oficinas gratuitas de qualificação para as artes. As aulas tiveram início dia 21 de fevereiro, com a dança contemporânea de Luciana Caetano e a dança de salão de Juliano Andrade. Luciana Caetano é uma das fundadoras da Quasar Cia de Dança, e atualmente é professora do MVSIKA Centro de Estudos. Seu trabalho coreográfico também é reconhecido e premiado nacionalmente. Juliano Andrade foi bailarino do Balé do Estado de Goiás e atualmente dirige sua academia de dança, a Juliano Andrade Studio Dança. O professor também desenvolve coreografias para espetáculos cênicos, entre eles a obra Gato Negro da Cia Nu Escuro. Outra ação dentro do projeto foram os intercâmbio que inicialmente foi realizado com o grupo musical chileno Merkén.

Veja algumas fotos:

Intercâmbio Grupo Musical Chileno Mérken e Cia de Teatro Nu Escuro
Foto Lázaro Tuim 



Oficina de Percussão com Músico Sérgio Pato 
Foto : Layza Vasconcelos 






Oficina de Percussão com Músico Sérgio Pato 
 Foto Adriana  Brito 



Oficina de Dança - Luciana Caetano 
Foto Layza Vasconcelos 




Intercâmbio Grupo Musical Chileno Mérken e Cia de Teatro Nu Escuro
Foto Layza Vasconcelos 
NOVO FÔLEGO 

A Cia de Teatro Nu Escuro recebe  patrocínio da Petrobrás e inaugura sua nova sede no espaço Cultural Geppeto 



domingo, 10 de agosto de 2014

Cia Nu Escuro Agenda Cultural 22/02/2014


Matéria na Agenda Cultural sobre a inauguração da Sede da Cia de Teatro Nu Escuro dentro da Oficina Cultural Geppetto. E sobre a Circulação Petrobras com os espetáculos Plural e Gato Negro.

Gato Negro e Plural Jornal Bom Dia Goiás 21/02/2014



Início da circulação Petrobras com os espetáculos Gato Negro e Plural. Matéria do jornal Bom Dia Goiás.

Gato Negro - Jornal Goiás Record 16-09-2013




Apresentação do espetáculo Gato Negro durante o lançamento do projeto de manutenção de grupo com o patrocínio da PETROBRAS da Companhia de Teatro Nu Escuro. Na abertura do I SEMINÁRIO EXPEDIÇÕES CÊNICAS: PESQUISAS E PROCESSOS.

A matéria também passou no programa Balanço Geral:

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

2a ETAPA DO SEMINÁRIO
(21 à 24 de fevereiro de 2014)

Nesta etapa, foi inaugurada a nova Sede da Cia de Teatro Nu Escuro em parceria com a tradicional Oficina Cultural Geppetto, referência na cidade de Goiânia em pesquisa e produção cultural.

Foram realizadas as atividades práticas do seminário. Foram oficinas gratuitas de qualificação para as artes. As aulas tiveram início dia 21 de fevereiro, com a dança contemporânea de Luciana Caetano e a dança de salão de Juliano Andrade. Luciana Caetano é uma das fundadoras da Quasar Cia de Dança, e atualmente é professora do MVSIKA Centro de Estudos. Seu trabalho coreográfico também é reconhecido e premiado nacionalmente. Juliano Andrade foi bailarino do Balé do Estado de Goiás e atualmente dirige sua academia de dança, a Juliano Andrade Studio Dança. O professor também desenvolve coreografias para espetáculos cênicos, entre eles a obra Gato Negro da Cia Nu Escuro.

No dia 22 de fevereiro foi a vez do músico Sérgio Pato ministrar as aulas, ensinando suas técnicas para uma turma de alunos interessados na música percussiva. Percussionista com extensa carreira musical e atuação na dança, música, teatro e cinema, Pato também é parceiro da Cia Nu Escuro nas trilhas sonoras de suas produções teatrais.

As apresentações dos espetáculos Gato Negro e Plural abriram a circulação nacional da Cia.


PROGRAMAÇÃO

21 de fevereiro – 6ª feira
Oficinas de corpo GRATUITAS – Sala Nu Escuro - Oficina Cultural Geppetto (End.: Rua 1013, Qd.39, Lt.11, nº 467, Setor Pedro Ludovico)
- 18h às 19h30 – dança contemporânea – Ministrante: Luciana Caetano
- 20h às 21h30 – dança de salão – Ministrante: Juliano Andrade

22 de fevereiro – sábado
10h à 12h - Oficina de percussão  – Ministrante: Sérgio Pato – Local: Sala Nu Escuro – Oficina Cultural Geppeto (End.: Rua 1013 Qd.39 Lt.11 nº 467, Setor Pedro Ludovico) - GRATUITA
20h – Espetáculo Gato Negro – Local: Ilha da Galhofa (Al. Henrique Silva c/ Rua 1.014,  Setor Pedro Ludovico - GRATUITO
21h - Inauguração da nova sede da Cia de Teatro Nu Escuro - Local: Sala Nu Escuro – Oficina Cultural Geppeto (End.: Rua 1013 Qd.39 Lt.11 nº 467, Setor Pedro Ludovico) – ENTRADA FRANCA

23 de fevereiro – domingo
Teatro Goiânia Ouro (Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1.016, Galeria Ouro, Centro)
18h – Espetáculo Plural – ingressos: R$ 10,00 (a inteira) e R$ 5,00 (a meia-entrada)

24 de fevereiro – segunda
Teatro Goiânia Ouro (Rua 03, esquina com Rua 09, nº 1.016, Galeria Ouro, Centro)
09h – Espetáculo Plural – ingressos: R$ 10,00 (a inteira) e R$ 5,00 (a meia-entrada)

15h – Espetáculo Plural – ingressos: R$ 10,00 (a inteira) e R$ 5,00 (a meia-entrada)

I Seminário Expedições Cênicas



Para abrir o projeto de manutenção de grupo com a PETROBRAS a primeira atividade realizada foi o Seminário EXPEDIÇÕES CÊNICAS: PESQUISAS E PROCESSOS. 


1a ETAPA DO SEMINÁRIO
(16 e 17 de setembro de 2013)

No lançamento do projeto de manutenção de grupo com o patrocínio da PETROBRAS, a Companhia de Teatro Nu Escuro realizou o I SEMINÁRIO EXPEDIÇÕES CÊNICAS: PESQUISAS E PROCESSOS, que aconteceu na Biblioteca Marietta Teles Machado (piso superior) - Praça Universitária nos dias 16 e 17 de setembro de 2013. O seminário consistiu em promover encontros e diálogos em torno das questões sobre o Teatro de Grupo no Brasil e suas bases de pesquisas e processos cênicos e, no segundo dia, entra na processo de pesquisa do projeto onde debateu sobre conceitos de Iconografias e Antropofagias. O Seminário contou com a participação de grandes nomes do teatro brasileiro: Chico Pelúcio (integrante do renomado Grupo Galpão), Kil Abreu (curador do Centro Cultural São Paulo), André Gardel (Coordenador do Doutorado da Pós Graduação em Artes Cênicas da UNIRIO) Rosa Berardo (Cineasta e professora da Pós Graduação em Cultura Visual/UFG) e Natássia Garcia (professora de Artes Cênicas/UFG)

No primeiro dia (16/09) às 17h30, também tivemos a apresentação o espetáculo Gato Negro.
Inspirado em mitos populares do imaginário latinoamericano, o espetáculo de rua Gato Negro da Cia de Teatro Nu Escuro: um encontro marcado há sete anos, três mulheres que vivem numa fazenda à espera do amor prometido e a visita de uma criatura mística, que provoca mudanças na vida de todos. Dirigido por Hélio Fróes, esta montagem integra a trilogia GOYAZ de investigação cênica proposta pela Cia de Teatro Nu Escuro. Gato Negro é a segunda peça da série, que começou com Plural (2012), com direção de Izabela Nascente, e terminará em 2015, com a peça O Iconógrafo, dirigida por Lázaro Tuim. O objetivo da pesquisa é olhar de forma crítica e poética para a formação rural do Estado de Goiás. A trilogia GOYAZ também tem como proposta fortalecer as linhas de estudos e técnicas do grupo, fundamentadas no trabalho de investigação do ator, na música executada ao vivo e no teatro de formas inanimadas.

CURRICULOS RESUMIDOS:

André Gardel é professor do Departamento de Teoria do Teatro, da Escola de Letras e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UNIRIO. Escritor, publicou 10 livros de poesias, ensaios e didáticos, recebendo o Prêmio Carioca de Monografia de 1995 por O encontro entre Bandeira & Sinhô. Participa de conselhos editoriais e publica artigos em revistas de teatro, literatura e música popular. Fez palestras em diferentes Centros Culturais e Instituições Universitárias no Brasil e no exterior. Foi resenhista do Idéias (Jornal do Brasil) e de outros jornais e revistas. Cantor e compositor de música popular, gravou os CDs Sons do poema (1997) e Vôo da cidade (2008). Foi consultor de literatura e comentarista da 3ª (2006), 4ª (2007) e 5ª (2008) Semanas de poesia da TV Escola.

Chico Pelúcio é ator e diretor de teatro, integrante do Grupo Galpão.
Dirigiu diversos espetáculos com outras companhias de teatro, dança e circo, tendo como destaque as primeiras montagens da Cia Burlantins, quatro Oficinões do Galpão Cine Horto, a ópera “A redenção pelo Sonho” de Tim Rescala do Rio de Janeiro,  o Circo Roda de São Paulo, Cia Camaleão de Dança  entre outros. Foi responsável pela coordenação de produção do Grupo Galpão por vários anos, coordenador geral de dois Festivais Internacionais de Teatro de Rua e do primeiro Festival Internacional de Teatro Palco e Rua - FIT BH.  Em 1998 implantou e coordenou o Centro Cultural Galpão Cine Horto onde ainda é o diretor geral.  

Kil Abreu é jornalista, crítico e Pesquisador do teatro. Pós-graduado em Artes pela Universidade de São Paulo (USP). Foi crítico do jornal Folha de São Paulo e da revista Bravo! Dirigiu o Departamento de Teatros da Secretaria Municipal de Cultura/SP e foi curador de alguns dos principais festivais de teatro do país (Curitiba, Recife e Festival Internacional de teatro de São José do Rio Preto). Por dez anos foi professor e coordenador pedagógico da Escola Livre de teatro de Santo André e por oito jurado do Prêmio Shell/Versão São Paulo. Prestou consultoria a diversos órgãos públicos e privados, entre eles Petrobras e Instituto Itaú Cultural. É membro da Associação Paulista de críticos de arte e um dos jurados do prêmio APCA. Atualmente é curador do Centro Cultural São Paulo. Mantém estudos sobre dramaturgia e teatro brasileiro contemporâneo.  

Rosa Berardo é Doutora em cinema pela Sorbonne, França, e Pós-doutorada pela Université du Québec à Montreal, Rosa Berardo tem uma longa trajetória na área do Audiovisual, participando em diversos festivais de cinema do Brasil e do exterior. Em 2002 Rosa Berardo criou a Primeira Escola de Cinema do Estado de Goiás, que se chamou SKOPOS e atualmente dirige a CASA DO CINEMA. Professora, Cineasta, Jornalista e fotógrafa, Rosa viajou por vários países do mundo, desde a Ásia à Antártida e fotografou ainda regiões como a Amazônia, Pantanal e o folclore no Centro Oeste Brasileiro. Durante seis anos fotografou os índios do Parque Nacional do Xingu, e possui um dos maiores acervos sobre as etnias que vivem neste parque. Suas fotografias são publicadas nas melhores revistas nacionais e internacionais, como GEO, PHOTO & CAMERA, Fotografe Melhor e Correio da Unesco.



PROGRAMAÇÃO

I Seminário Expedições Cênicas: Pesquisas e Processos
Local: Biblioteca Marietta Teles Machado (piso superior) - Praça Universitária

16/09 - Segunda-feira

17h30 - Praça Universitária (em frente a biblioteca)
Apresentação: Gato Negro

19h - Lançamento do Projeto: O Iconógrafo

19h15 - Mesa: Teatro de Grupo no Brasil
Chico Pelúcio (Grupo Galpão)
Kil Abreu (Centro Cultural São Paulo)
Mediação: Natássia Garcia (Emac/UFG)

17/09 - Terça-feira

19h - Mesa: Iconografias e antropofagias
André Gardel (Coord. Pós Graduação UNIRIO)
Rosa Berardo (Cineasta e prof. UFG)

Mediação: Hélio Fróes (Emac/UFG)