Auguste Rodin | The Eternal Idol (1889) | Musée Rodin
Auguste Rodin, em "Grandes Catedrais".
“Como
as "obras-primas" são "obras-primas", isso eu sei, e que alegria tenho
em sabe-Io! É exatamente do mesmo modo que as grandes almas são grandes
almas. É elevando-se ao indispensável na expressão de seus pensamentos e
de seus sentimentos que o homem e o artista se realizam dignamente. Uma
obra-prima é, necessariamente, uma coisa simplíssima, que só comporta,
repitamos, o essencial. Todas as obras-primas
seriam naturalmente acessíveis à multidão se esta não tivesse perdido o
espírito de simplicidade. Mas, mesmo nesta época em que as multidões se
tornaram incapazes de compreender, é não obstante com o sentimento
popular, com uma "alma de multidão" que o artista deve viver para poder
conceber e criar a obra-prima. Ele deve sentir com a multidão, mesmo que
ela só esteja idealmente presente, o que ele deve compreender com os
mestres. E os mestres também se tornam "multidão" para se apossar, pelo
coração, pelo amor, do que descobriram pelo espírito.”
Auguste Rodin, em "Grandes Catedrais".
Nenhum comentário:
Postar um comentário