sábado, 11 de agosto de 2012

Narrativas de Outra Margem - Uma Biopolítica para as Artes Públicas de Rua

Dar não dói o que dói é resistir. (Amir Haddad)

O II Seminário Amazônico de Teatro de Rua, realizado em Porto Velho - RO, reuniu artistas, pensadores e lideranças de todos os Estados da Amazônia Legal brasileira, Rede Teatro da Floresta e representantes de outros Estados articulados à RBTR – Rede Brasileira de Teatro de Rua, integrando a programação do V Festival Amazônia Encena na Rua de 21 a 29 de Julho de 2012.
 Em rodas de exposição das ideias, artistas e produtores do movimento cultural mantiveram em discussão o teatro o público e a cidade, deliberando a partir da Carta Pororoca (anexo) as diretrizes e demandas da região e definindo para os anos de 2012 a 2013 três eixos de prioridades:
Espaços livres – constituindo de redes de serviços e ações para uma política de espaços públicos abertos;
Incentivo a regionalização – programas e investimentos voltados para apresentação, intercâmbio e circulação da produção;
Promoção da produção – Programas de difusão cultural e incentivo à pesquisa, como meio de valoração da diversidade.
Considerando que o movimento cultural sofreu um processo de desconfiguração das relações de consulta, controle, e diálogo para construção do sistema nacional de cultura e que os avanços como o reconhecimento dos segmentos culturais (antes marginalizados), promoção da cultura popular, e das culturas tradicionais e os segmentos criativos e associativos, sofreram um grande retrocesso do diálogo construído ao longo de dez anos entre a sociedade civil e o poder público.
Considerando ainda o isolamento dos meios de decisões do próprio sistema de gestão da cultura, e a secundarização das demandas emergentes e prioritárias dos segmentos produtivos que gerou uma sensação nacional de invisibilidade da cultura como arte e manifestação popular e pressupondo que a cultura é viva e um braço forte para geração e distribuição de renda para redução das desigualdades sociais, o II Seminário Amazônico de Teatro de Rua decide fazer um apelo nacional: Dilma, não desmanche!
Buscando integração de outros segmentos da cultura, a campanha nacional "Dilma, não desmanche!" exige diálogo das ações e investimentos para cultura, restabelecendo o reconhecimento da identidade da arte e dos segmentos de fruição do pensamento cultural do país, com os dizeres:
Dilma, não desmanche!               Dialogue já!
Campanha Nacional pela Identidade da Arte e do pensamento cultural brasileiro.

 A serem incorporados nas redes sociais, materiais publicitários, eventos e apresentações artísticas de todos os artistas brasileiros, como prova de resistência ao desmonte das relações e dos nossos avanços adquiridos nas relações de interesse público por uma política pública para a cultura.

Porto Velho – RO, 29 de julho de 2012.

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