Dar não dói o que dói é resistir. (Amir Haddad)
O
II Seminário Amazônico de Teatro de Rua, realizado em Porto Velho -
RO, reuniu artistas, pensadores e lideranças de todos os Estados da
Amazônia Legal brasileira, Rede Teatro da Floresta e representantes de
outros Estados articulados à RBTR – Rede Brasileira de Teatro de Rua,
integrando a programação do V Festival Amazônia Encena na Rua de 21 a
29 de Julho de 2012.
Em
rodas de exposição das ideias, artistas e produtores do movimento
cultural mantiveram em discussão o teatro o público e a cidade,
deliberando a partir da Carta Pororoca (anexo) as diretrizes e demandas
da região e definindo para os anos de 2012 a 2013 três eixos de
prioridades:
Espaços livres – constituindo de redes de serviços e ações para uma política de espaços públicos abertos;
Incentivo a regionalização – programas e investimentos voltados para apresentação, intercâmbio e circulação da produção;
Promoção da produção – Programas de difusão cultural e incentivo à pesquisa, como meio de valoração da diversidade.
Considerando
que o movimento cultural sofreu um processo de desconfiguração das
relações de consulta, controle, e diálogo para construção do sistema
nacional de cultura e que os avanços como o reconhecimento dos
segmentos culturais (antes marginalizados), promoção da cultura
popular, e das culturas tradicionais e os segmentos criativos e
associativos, sofreram um grande retrocesso do diálogo construído ao
longo de dez anos entre a sociedade civil e o poder público.
Considerando
ainda o isolamento dos meios de decisões do próprio sistema de gestão
da cultura, e a secundarização das demandas emergentes e prioritárias
dos segmentos produtivos que gerou uma sensação nacional de
invisibilidade da cultura como arte e manifestação popular e
pressupondo que a cultura é viva e um braço forte para geração e
distribuição de renda para redução das desigualdades sociais, o II
Seminário Amazônico de Teatro de Rua decide fazer um apelo nacional:
Dilma, não desmanche!
Buscando
integração de outros segmentos da cultura, a campanha nacional "Dilma,
não desmanche!" exige diálogo das ações e investimentos para cultura,
restabelecendo o reconhecimento da identidade da arte e dos segmentos
de fruição do pensamento cultural do país, com os dizeres:
Dilma, não desmanche! Dialogue já!
Campanha Nacional pela Identidade da Arte e do pensamento cultural brasileiro.
A
serem incorporados nas redes sociais, materiais publicitários, eventos
e apresentações artísticas de todos os artistas brasileiros, como
prova de resistência ao desmonte das relações e dos nossos avanços
adquiridos nas relações de interesse público por uma política pública
para a cultura.
Porto Velho – RO, 29 de julho de 2012.
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