
O Alienista - Foto de Rubens Cerqueira
Em 2011, a Cia. de Teatro Nu Escuro comemora 15 anos de existência, mas os motivos para festejar já começam agora. Contemplada com o cobiçado Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz com o seu projeto Dentro do Centro, a companhia goiana fundada em 1997, na antiga Escola Técnica Federal de Goiás, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás, se apresenta nesta quinta-feira (07) no Teatro Goiânia Ouro e depois inicia uma turnê por alguns Estados brasileiros e no Distrito Federal.
A peça selecionada para inaugurar o projeto é O Alienista, baseada no clássico de Machado de Assis. O espetáculo será levado ao palco do Goiânia Ouro às 21 horas. Depois, o grupo segue para Palmas, onde apresentará, nos dias 9 e 10, a mesma montagem. Em seguida, a Nu Escuro retorna ao Goiânia Ouro para encenar O Cabra que Matou os Cabras, no dia 14, e Envelopes, no dia 28.
A partir de abril do próximo ano, o grupo pega a estrada novamente, com apresentações marcadas em Cuiabá (MT), Campo Grande (MS), Brasília, Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). Ao todo, estão previstas, dentro do projeto Dentro do Centro, 22 encenações de montagens da companhia, que, além das peças mencionadas, incluem Preciso Olhar e Carro Caído.
Pesquisa A Nu Escuro é composta pelos atores-encenadores Abílio Carrascal, Adriana Brito, Izabela Nascente e Lázaro Tuim e tem se destacado no cenário das artes cênicas de Goiânia pelo seu trabalho persistente de pesquisa e investigação de novas linguagens. O propósito do grupo – cujo primeiro espetáculo, Três por Três, de 1997, foi dirigido por Sandro di Lima – é estabelecer uma comunicação entre a cultura popular e o teatro contemporâneo.
“O grupo tem a necessidade de experimentar e por isso não estabelecemos uma linguagem única como fonte de estudo”, observa Izabela Nascente. No palco, essa busca da diversidade pode ser vista em espetáculos como O Cabra que Matou as Cabras, que incorpora elementos do teatro de rua; Preciso Olhar, que apela para a tecnologia, e Envelopes, que explora a linguagem do teatro do objeto.
Outra integrante da companhia, Adriana Brito ressalta a importância da interação com a plateia. “É para ela e com ela que fazemos teatro desde então”, afirma. “A tentativa é estabelecer um diálogo com a plateia, nos colocando também no papel dela e buscando oferecer um teatro comprometido com a arte, com o homem e com a sociedade”, ressalta Hélio Fróes.
Lázaro Tuim rememora, por sua vez, a escolha do nome da companhia. “Inicialmente, não sabíamos onde queríamos chegar. Queríamos fazer teatro e viver dele, mas estávamos no escuro, daí um dos porquês de a cia ter este nome. Como nosso teatro possui um tom cômico resolvemos substituir o ‘no’ por ‘nu’”, conta. Desde sua criação, o grupo já montou 12 espetáculos, sob a supervisão de diretores como o já citado Sandro di Lima, Henrique Rodovalho, Reginaldo Saddi e Hugo Rodas, e também se cercou de nomes conhecidos de várias áreas artísticas da cidade para a produção de suas peças.
Espetáculo: O Alienista, com a Cia. Nu Escuro
Data: Quinta-feira (07), às 21 horas
Local: Centro de Cultura Goiânia Ouro (Rua 3, esquina com Rua 9, Centro)
Ingresso: R$ 10 (inteira)
Informações: 3524-2542
MONTAGENS DA COMPANHIA
Preciso Olhar (2009) Direção: Henrique Rodovalho
O Alienista (2006) Direção: Hélio Fróes
Envelopes (2005) Direção: Izabela Nascente
O Cabra que Matou as Cabras (2004). Direção: Hélio Fróes
Vila Mariote (2003). Direção: Izabela Nascente
Acústico (2003). Direção: coletiva
Melodia Parati (2001). Direção: Reginaldo Saddi
Carro Caído (1999). Direção: Reginaldo Saddi
Recital Chiquinha Gonzaga (1999). Direção: Reginaldo Saddi
Seu Palácio Conta Estórias (1999). Direção: Reginaldo Saddi
Lá Vai o Rio! (1998). Direção: Sandro di Lima
Três por Três (1997). Direção: Sandro di Lima
http://www.goiasnet.com/cultura/cul_report.php?IDP=9393
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